Condefé: O Poder da Tradição Goiana e da Sustentabilidade no Cerrado

Projeto de Sustentabilidade une Ciência e Comunidade

Em Goiás, um projeto inovador traz o melhor do Cerrado e da ciência para a economia local, usando a expressão regional “Condefé” como um símbolo de transformação. Significando “quando der fé” ou “de repente”, a palavra revela a força do momento exato da frutificação de espécies como a cagaita e a gabiroba, que têm tudo a ver com a proposta do projeto.

A Universidade Estadual de Goiás (UEG), sob a coordenação da Professora Dra. Joelma Abadia Marciano de Paula, está levando adiante uma iniciativa que visa transformar a realidade de famílias rurais no Vale do São Patrício. Ao mesmo tempo que promove o extrativismo sustentável dessas frutas, o projeto vai além: ele se empenha em criar oportunidades de renda e fortalecer o vínculo entre as comunidades locais e a ciência.

Com foco no Cerrado e na preservação do meio ambiente, “Condefé tem cagaita e gabiroba no Cerrado” é uma ação que, como o nome sugere, surge de forma espontânea, mas promete reverberar por gerações.

Fernando Gomes Barbosa, aluno do doutorado do Programa de Pós graduação em Recursos Naturais do Cerrado (RENAC), que faz parte do projeto, explicou que a execução do projeto terá expedições que serão realizadas até dezembro de 2025, e que o projeto vai além da simples distribuição de mudas e coleta de fruto:  “ele é um verdadeiro exercício de educação socioambiental, que incentiva as comunidades a adotar práticas sustentáveis, ao mesmo tempo em que fortalece o vínculo entre a universidade e o campo”.

O projeto já realizou expedições de reconhecimento e monitoramento do local de estudo, coleta de frutos, distribuição de mudas de cagaitas (parceria com a Base Aérea de Anápolis – Projeto Genesis “Geração de Espécies Nativas e Exóticas Solidária à Implantação Sustentável”), e ainda conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Goianésia e uma rede de pesquisadores.

Quando o conhecimento produzido na Universidade transpõe os muros e chega à comunidade, ele se transforma em uma poderosa ferramenta de transformação social e desenvolvimento sustentável. Esse é nosso papel frente ao nosso projeto: estimular a visão socioambiental das famílias em relação ao Cerrado, encorajando essas famílias a utilizarem a economia circular como fonte de renda, preservando espécies nativas do Cerrado.

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