Quebrando barreiras: a inclusão de profissionais 50+ no mercado de trabalho

Os desafios e barreiras enfrentadas pelos profissionais maduros

A inclusão de pessoas acima de 50 anos é um tema que tem sido discutido nas empresas. Esse fenômeno é impulsionado por três fatores principais: o aumento da expectativa de vida, o declínio nas taxas de natalidade e as mudanças nas políticas de aposentadoria, que contribuem para o crescimento significativo de profissionais maduros no mercado de trabalho. Com mais saúde e disposição, esses profissionais trazem experiência, sabedoria e conhecimento, oferecendo um valor inestimável para as organizações.

As empresas enfrentam desafios na retenção de jovens qualificados, especialmente em áreas como tecnologia, o que as leva a reconsiderar os profissionais mais experientes, que oferecem resiliência, estabilidade e uma valiosa bagagem profissional, essenciais para navegar períodos de instabilidade econômica.

Porém, a Assessora de Gestão de Pessoas Luciana Santana afirma que “ainda persiste um desafio significativo: o etarismo, um preconceito profundamente enraizado que gera vieses inconscientes e discriminações. Preconceito, intolerância e discriminação contra a pessoa de idade avançada, fazendo que bons profissionais duvide da sua capacidade e valiosas habilidades e experiências”. É essencial romper barreiras e superar associações negativas, estereótipos e apelidos depreciativos, promovendo uma cultura de respeito, inclusão e igualdade para todas as idades.

Desafios e oportunidades

As principais barreiras enfrentadas pelos profissionais maduros incluem dificuldades de adaptabilidade às mudanças rápidas do mercado, falta de familiaridade com tecnologias emergentes e uma suposta menor disposição para aprender novas habilidades. No entanto, é fundamental superar esses estereótipos, oferecendo oportunidades de treinamento e desenvolvimento contínuo, permitindo que esses profissionais atualizem seus conhecimentos e contribuam plenamente com suas experiências e sabedoria.

Os profissionais mais maduros, chamados +50 trazem uma riqueza incomparável de vivências e especialização, fruto de anos de experiência e conhecimento acumulado. Sua perspectiva única, habilidade decisória e contribuição para soluções inovadoras são ativos valiosos para qualquer organização. Além disso, a maturidade emocional os habilita a lidar com situações críticas e estabilidade promovendo um ambiente de trabalho mais equilibrado, resiliente e colaborativo, enriquecendo a cultura organizacional com sabedoria, liderança e comprometimento.

Oferecem também habilidades valiosas, atuando como mentores, compartilhando conhecimento e oferecendo aconselhamento a profissionais mais jovens, promovendo inovação, colaboração e crescimento organizacional.

Promovendo uma cultura inclusiva

É fundamental conscientizar os times sobre vieses inconscientes relacionados à idade, revisando processos de recrutamento e seleção para eliminar preconceitos e garantir igualdade de oportunidades. Isso inclui valorizar a experiência e sabedoria dos profissionais maduros, integrando-os efetivamente na dinâmica organizacional e fomentando um ambiente diverso e enriquecido. 

O público acima de 50 anos merece ocupar um espaço valorizado e complementar ao dos mais jovens, não competindo, mas sim enriquecendo o ambiente com sua experiência, sabedoria e perspectiva única, criando uma sinergia intergeracional benéfica para todos.

O comprometimento das empresas, especialmente da área de Pessoas e Cultura, deve promover a inclusão e diversidade. Isso envolve implementar processos seletivos inclusivos, políticas de igualdade de oportunidades, treinamentos e cultivar um ambiente que valorize a diversidade, promova respeito mútuo, ofereça oportunidades de crescimento e reconheça o trabalho bem feito, garantindo um espaço onde todos possam prosperar.

Luciana Santana afirma que “os profissionais mais maduros que querem ingressar no mercado devem ter resiliência na busca assertiva, flexibilidade, saber trabalhar em equipe, obtendo uma escuta ativa, entendendo que haverá várias gerações trabalhando juntas, inclusive os jovens. Interessante ter experiência na área e habilidades para lidar com conflitos e perfis. Inteligência emocional e criatividade e entender o modelo de negócios da empresa que estiver pleitando a vaga”.

Por: Alana de Almeida, professora Universitária e Consultora em Gestão de Pessoas

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