Família Anapolina emociona ao compartilhar nas redes sociais os desafios de conviver com a demência frontotemporal

Doença que também afeta o ator Bruce Willis e o repórter Maurício Kubrusly impacta profundamente pacientes e familiares

O diagnóstico de demência é sempre triste, principalmente quando paciente é de sua família. Nos últimos anos a demência frontotemporal foi destaque na mídia em razão de duas celebridades terem sido diagnosticadas com a demência, o repórter Maurício Kubrusly (Ex-Fantástico/TV Globo) e o ator americano Bruce Willis.

Uma família Anapolina vive o drama de conviver com um pessoa diagnosticada com demência frontotemporal, a Organizer Regina Lúcia, esposa do ex bancário João Bosco, tem emocionado a muitas pessoas que acompanham na internet a rotina da família desde que o Senhor João Bosco foi diagnosticado.

Regina Lúcia relatou que o esposo João Bosco foi diagnosticado com Demência Frontotemporal em agosto de 2022. Desde 2016 ele vinha apresentando mudança de personalidade, hábitos repetitivos, desinibição no meio social, falta de empatia, alheio as necessidades dos outros. Primeiro veio a mudança de comportamento e depois as perdas de memória e cognição.

Testemunho de amor e convivência

Após dois anos e meio do diagnóstico a doença avançou muito rápido, “hoje ele se lembra apenas da fisionomia de alguns membros da família, irmãos, mãe, filhos e esposa, mas esquece ou troca os nomes”, destaca Regina. Bosco, Já apresenta problemas na fala em estágio moderado, e negligência os hábitos de higiene, não reconhece o sabor dos alimentos e nem os nomes. A medicação indicada não paralisa a doença, apenas ajuda para que melhore comportamento agressivo e os estereotipias.

Relatos como o da Regina ajuda muitas pessoas que passam pela mesma situação ou que ainda estão perdidos em relação ao diagnóstico, e esse é justamente o objetivo dela ao dividir o dia-dia da família nas redes sociais. A demência frontotemporal é uma condição neurodegenerativa devastadora, que pode surgir a partir dos 45 anos de idade.

Diferente do Alzheimer que surge depois dos 65 anos, e que compromete principalmente a memória, a demência frontotemporal impacta os lobos frontal e temporal do cérebro, responsáveis por comportamentos, emoções e linguagem. Isso resulta em mudanças drásticas de personalidade, como desinibição social, apatia ou comportamentos compulsivos, além de dificuldades na fala e na compreensão.

A doença

Apesar de pouco conhecida, a doença é uma das principais causas de demência precoce, afetando não apenas os pacientes, mas também suas famílias, devido à natureza complexa dos sintomas.

Os avanços na ciência apontam que a demência frontotemporal pode ter causas genéticas. Ainda assim, fatores ambientais e biológicos, como disfunções inflamatórias e no metabolismo de proteínas, também desempenham um papel importante. O diagnóstico é desafiador, exigindo uma combinação de avaliações clínicas e exames avançados de neuroimagem.

Atualmente, não existe cura, e os tratamentos disponíveis visam apenas aliviar os sintomas. Especialistas destacam a necessidade urgente de mais investimentos em pesquisas, não só para entender os mecanismos da doença, mas também para desenvolver terapias que possam mudar o curso desse tipo de demência.

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