“Eu acredito que as pessoas tenham sido enganadas”, diz delegada sobre clientes que compraram carne de cavalo

Delegada esclarece que ainda não foram encontrados hambúrgueres ou carne moída

Em entrevista exclusiva ao Diário da Redação, a delegada responsável pelo caso, Geinia Maria Etherna (1ª DP), forneceu detalhes sobre a investigação em andamento. O homem apontado como responsável pela comercialização de carne de cavalos em Anápolis, prestou esclarecimentos hoje (13), na delegacia acompanhado por seu advogado.

A delegada comentou que os cavalos estão sendo cuidados no curral da prefeitura, mas a situação deles é crítica: “Os animais estão sendo cuidados, mas a situação deles é bem precária”, afirmou. Ela também informou que, até o momento, dois cavalos já faleceram devido ao estado grave de saúde. No local, as autoridades encontraram cerca de 40 cavalos em condições precárias, desnutridos e feridos.

A investigação aponta que a carne desses animais poderia estar sendo comercializada na cidade. No entanto, a delegada esclareceu que, até o momento, não foram encontrados hambúrgueres prontos ou carne moída como parte do material apreendido. Ela enfatizou que, embora haja indícios da comercialização da carne, nada relacionado a hambúrgueres foi encontrado até agora.

Delegada Geinia Maria Etherna
Delegada Geinia Maria Etherna esclarece que não foram encontrados hambúrgueres prontos ou carne moída para consumo (Foto: Reprodução)

Além disso, Geinia Maria levantou a hipótese de que os compradores da carne de cavalo possam ter sido enganados, adquirindo o produto sem saber de sua origem ilegal. “Eu acredito que as pessoas que fizeram essa decisão, elas tenham sido enganadas de certa forma”, afirmou, destacando que muitos consumidores podem ser considerados vítimas, já que não tinham conhecimento da origem do produto. Ela também explicou que ainda não foi possível identificar claramente todos os estabelecimentos que comercializaram a carne.

A delegada ressaltou a complexidade do caso, mencionando a necessidade de ouvir diversas testemunhas e identificar todos os envolvidos na cadeia de produção e distribuição da carne. “Temos que buscar quem trabalhava com ele e tudo mais para ser ouvido também. Não é um inquérito simples”, declarou.

Além disso, Geinia Maria frisou que ainda não há informações oficiais sobre a quantidade de estabelecimentos envolvidos ou a distribuição da carne apreendida: “Nada, nada. Quem está publicando, quem está falando isso daí, não é oficial, não consta de inquérito policial”, afirmou.

A investigação também visa determinar o destino final da carne processada no abatedouro clandestino, com ênfase na saúde pública e na segurança alimentar. “Encontramos toda a estrutura para o processamento da carne, mas ainda não temos provas concretas de onde ela estava sendo distribuída”, concluiu a delegada.

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