Desigualdade: Aumento da pobreza no Distrito Federal é o maior do país

Embora a maioria da receita proveniente dos impostos pagos pela população, estejam concentrados pelo governo federal em Brasília/DF, o Distrito Federal foi a unidade da Federação que mais empobreceu entre o primeiro trimestre de 2019 e janeiro de 2021.

Os dados são de estudo feito pelo economista Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), e foi publicado pelo Correio Braziliense, eles mostram que o percentual da população pobre aumentou em 24 das 27 unidades federativas no período analisado.

A pandemia da covid-19 é apontada como a maior causa do empobrecimento da população brasileira nesse período “Foi um grande choque no emprego e na renda das famílias, que foi mitigado, em grande parte de 2020, pelo auxílio emergencial. Mas, como não tivemos o auxílio no primeiro trimestre de 2021, com a economia ainda em recuperação, houve esse aumento da pobreza”, diz Daniel Duque.

“Na pandemia, todos os centros urbanos mais ricos, como o DF, sofreram um grande impacto no mercado de trabalho. Nesses locais, um colchão de renda, como o do Bolsa Família, tem menor importância. A renda do trabalho é mais importante para os estados mais ricos do que para os mais pobres. Dessa forma, eles acabaram absorvendo quase que a totalidade do choque econômico da pandemia”, aponta o autor do estudo.

Na avaliação do economista, no DF o crescimento do número de pobres está relacionado a fatores “que, às vezes, se descolam do restante da realidade do país”, como a burocracia do funcionalismo e os serviços que são criados para atender essa estrutura. “Então, é natural que Brasília sofra mais do que o restante do país, porque falta maior dinamismo econômico privado por ausência de indústrias”, completa.

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