Ataques de Macacos-Prego no Central Parque em Anápolis, e o alerta para riscos de interação com a fauna

Na última quarta- feira (27) foi registrado mais um ataque de macaco-prego a humanos no Central parque Onofre Quinan, em Anápolis. A vítima sofreu uma mordida na região posterior da perna, e teve que buscar atendimento médico em uma unidade hospitalar. O último ataque registrado tinha sido em julho quando uma criança foi mordida também na parte posterior da perna. O Parque Onofre Quinan é muito procurado pelos visitantes devido às suas trilhas, espaços de lazer infantil e opções para passeios ecológicos. Atualmente, o parque abriga cerca de 25 macacos-prego.

O Estado de Goiás conta com várias áreas de fragmentos florestais urbanos, e com o crescimento das cidades, muitas vezes essas áreas acabam se expandindo para dentro de Unidades de Conservação Florestal. Isso tem criado um contato cada vez mais próximo entre os seres humanos e a fauna local, como os macacos-prego. Esses animais, com suas necessidades urgentes de alimento e a escassez de recursos em seus habitats naturais, acabam se aproximando das áreas urbanas em busca de comida.  Esses animais apresentam grande flexibilidade alimentar e capacidade de adaptação a ambientes diversos, isso inclui regiões que são antropizadas, por isso são encontrados frequentemente em Parques urbanos, utilizando resíduos de atividades humanas como alternativa de fonte de alimentos.

Infelizmente, essa interação entre macacos-prego e humanos pode gerar situações de agressividade, como mordeduras e arranhões nos visitantes dos parques. Além do desconforto, esses episódios podem transformar os macacos-prego em veículos de transmissão de micro-organismos patogênicos, representando um risco para a saúde humana.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, que buscou informações nos registros do Centro de Controle de Zoonoses de Anápolis/GO, mostrou que os ataques estão associados à busca de alimentos levados pelos visitantes dos parques, o que corrobora  com vários estudos que apontam para um aumento na agressividade entre eles e principalmente o aumento da agressividade com os humanos na presença de alimentos. É importante que a prefeitura atue fazendo campanhas de conscientização para que os frequentadores não alimentem os animais. Esse incidente serve como um alerta para a importância de conscientizar sobre os riscos e as precauções necessárias ao interagir com animais selvagens, mesmo em locais considerados seguros, como os parques públicos.

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