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Deputado propõe título de cidadão goiano a líderes do movimento Legendários

Honraria seria concedida ao fundador e ao diretor estadual do grupo que realiza retiros masculinos
Deputado Estadual Paulo Cezar Martins (PL) Foto: Reprodução

O deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL) apresentou na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) um projeto de lei propondo a concessão do título de cidadão goiano ao pastor guatemalteco Chepe Tupzu, fundador do movimento cristão Legendários, e a Nelson Ruela de Lima, diretor da organização no estado. A proposta será avaliada pelos demais parlamentares e, se aprovada, resultará na entrega da honraria às duas lideranças do grupo.

O movimento Legendários foi criado em 2015 e chegou ao Brasil dois anos depois. Com foco exclusivo no público masculino, a iniciativa promove retiros com atividades físicas intensas, como trilhas, subidas de montes e acampamentos, unindo espiritualidade e desafios físicos. A proposta do grupo é “restaurar a identidade masculina cristã” por meio de vivências que envolvem disciplina, silêncio e superação de limites.

Apesar de atrair figuras públicas e políticos, o movimento é cercado de polêmicas. Os custos para participar das imersões variam de R$ 450 a mais de R$ 80 mil, o que levanta questionamentos sobre a acessibilidade e o real propósito dos encontros. Além disso, já foram registrados episódios de riscos físicos durante as atividades, incluindo relatos de exaustão extrema e acidentes.

Durante sessão na Alego, Paulo Cezar protagonizou uma cena inusitada ao tirar o paletó e exibir o uniforme preto dos Legendários, reforçando seu envolvimento com o grupo. Outro parlamentar, o deputado Coronel Adailton (SD), também participou de ações promovidas pela organização. Há indícios de que outros deputados tenham sido convidados a integrar as atividades.

A proposta de homenagear os líderes do movimento reacende o debate sobre a atuação de organizações religiosas com perfil fechado e práticas pouco convencionais, especialmente quando associadas ao poder público. A possível aprovação do título deve gerar discussões dentro e fora do parlamento goiano.

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