O delegado da Polícia Civil de Goiás. Jefferson Matson Nóbrega Silva, revelou novos detalhes sobre o crime ocorrido na Avenida Benvindo Machado, em Anápolis, onde uma mulher foi encontrada morta em circunstâncias brutais.
Nesta sexta-feira (14), durante a Operação Protetora, a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão temporária contra um homem investigado pelo crime de feminicídio. “Ele resolveu atear fogo para se livrar do mal cheiro e do corpo dela”, esclareceu o delegado.
O suspeito, um homem de 44 anos, natural de Itaberaí e residente em Anápolis, morava com um idoso. De acordo com a polícia, ele possui duas passagens por estupro, tendo permanecido preso por quatro anos. Ele foi liberado em julho de 2025 e estava em regime aberto.
Dinâmica do crime
Conforme depoimentos citados pela polícia, o investigado teria buscado a vítima — uma mulher morena, com cerca de 30 anos — em uma boate na sexta-feira (7). Após o uso de crack e relações sexuais, os dois teriam se desentendido. Segundo a versão apresentada pelo suspeito, ele tentou estrangulá-la e, em seguida, a matou utilizando uma calça. O corpo teria sido colocado embaixo da cama.
No dia seguinte, ao perceber o mau cheiro, ele teria ateado fogo ao corpo da vítima. Após isso, chamou um amigo para beber e continuou usando drogas. Ao perceber a movimentação da polícia, o homem se escondeu em um ferro-velho próximo ao local.
O caso
De acordo com o delegado responsável, populares que passavam pela via por volta de 0h30 notaram chamas em uma residência. Como ninguém respondia aos chamados, eles arrombaram o portão e encontraram uma cama em chamas, com um corpo sendo carbonizado no quintal.
A equipe do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) foi acionada imediatamente. Após diligências, os investigadores identificaram um suspeito, que fugiu logo após o crime. A perícia realizada no Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a vítima era uma mulher, apesar do estado avançado de carbonização, o que dificultou a identificação.
O autor do crime deverá responder por feminicídio e ocultação de cadáver, podendo pegar mais de 40 anos de prisão. Ele está preso no presídio municipal, à disposição do Judiciário.