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Cigarros Eletrônicos: Entre a Popularidade e os Desafios à Saúde Pública – ANVISA Propõe Medidas Rigorosas

Os cigarros eletrônicos, ou dispositivos de vaporização, têm emergido como uma alternativa popular ao tabagismo tradicional, promovendo a ideia de serem uma opção menos prejudicial. No entanto, análises científicas detalhadas revelam uma série de malefícios associados a esses dispositivos, levantando preocupações substanciais sobre os impactos na saúde pública.

Estudos indicam que os líquidos utilizados nos cigarros eletrônicos, muitas vezes contendo nicotina, podem conter substâncias tóxicas, como formaldeído e acroleína. Essas substâncias são conhecidas por causar danos aos pulmões e estão associadas a doenças respiratórias graves. Além disso, casos de lesões pulmonares agudas, conhecidas como EVALI, com quadro clínico inespecífico, caracterizado por tosse, dor torácica e dispnéia, e ainda sintomas do trato gastrointestinal, como diarréia e vômitos. Casos como EVALI têm sido documentados, demonstrando que os riscos não se limitam a efeitos a longo prazo, mas também podem se manifestar de forma aguda.

A presença de nicotina nos cigarros eletrônicos é outro ponto crítico. A nicotina, além de ser altamente viciante, está associada a riscos cardiovasculares, como aumento da pressão arterial e maior propensão a eventos cardiovasculares. Essa dependência química pode tornar a cessação do uso dos dispositivos uma tarefa desafiadora, contribuindo para a perpetuação dos problemas de saúde.

Em resposta a essas preocupações crescentes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem promovido uma consulta pública que estará aberta a contribuição até dia 09 de fevereiro de 2024. O texto sugere a continuidade da proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar, abrangendo todos os modelos de cigarros eletrônicos. A proposta de regulamentação também contempla a proibição da veiculação de publicidade e divulgação, seja por meios eletrônicos, impressos ou qualquer outra forma de comunicação direcionada ao público, seja ele consumidor ou não desses produtos. Reconhecendo a necessidade de regulamentação, a ANVISA busca uma abordagem embasada e cuidadosa para lidar com esses dispositivos, considerando seu impacto na saúde pública.

Febre entre os jovens: Cigarro Eletrônico é uma ameaça a saúde pública (Foto: Reprodução)

Embora os cigarros eletrônicos tenham surgido como uma alternativa, a base científica disponível destaca preocupações substanciais sobre seus malefícios imediatos, efeitos a curto prazo, bem como os riscos ainda desconhecidos a longo prazo. A consulta pública da ANVISA reflete a urgência em abordar essas questões de maneira abrangente, visando proteger a saúde da população diante do cenário em constante evolução dos dispositivos de vaporização.

Vanessa Vieira, é Biologa, Doutora em Ciência animal na área de Cirurgia, Patologia animal e Clínica médica – pela Universidade Federal de Goiás. Mestre em Ciências Veterinárias na área de Saúde Animal – pela Universidade Federal de Uberlândia. Professora da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA.

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