O senador Wilder Morais (PL) oficializou sua pré-candidatura ao governo de Goiás nesta segunda-feira (17), em decisão influenciada por forte pressão interna de seu grupo político, segundo admitiu o próprio. No entanto, o projeto do parlamentar enfrenta resistência dentro da sua própria legenda, com um número crescente de prefeitos do PL migrando para apoiar o vice-governador Daniel Vilela (MDB).
A desidratação do PL fica evidente com o recente apoio de Carlinhos do Mangão, prefeito de Novo Gama filiado ao partido, que anunciou adesão à pré-candidatura de Vilela. Esse movimento reflete uma tendência mais ampla: vários gestores municipais do PL já declararam apoio ao emedebista, enfraquecendo a base de Wilder.
Em reunião na casa de Wilder, na capital goiana, lideranças liberais ratificaram o nome do senador para a disputa majoritária, enquanto o deputado federal Gustavo Gayer foi confirmado como pré-candidato ao Senado nas eleições de 2026. Segundo Morais, apesar de haver outros potenciais nomeados dentro do PL, “o pessoal me pressionou a colocar meu nome como pré-candidato”.
Wilder também aproveitou para descartar alianças com Vilela. Durante entrevista, afirmou que não enxerga espaço para uma composição com o MDB na disputa estadual, e assegurou que o PL terá chapa completa para governo, Assembleia e Câmara.
O isolamento dentro da legenda é tema recorrente entre analistas. O senador não tem conseguido articular apoios nem consolidar base política no interior do estado. Segundo levantamento recente, metade dos prefeitos do PL já aderiu à base de Caiado e Vilela.