Vacinação abaixo da meta em Goiás acende alerta após morte de macaco com febre amarela

Cobertura vacinal no estado está em 71,57%, abaixo da meta de 95%, e preocupa autoridades

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) emitiu um alerta epidemiológico a todos os municípios após a confirmação de febre amarela em um macaco encontrado morto em Abadia de Goiás, no dia 25 de agosto. Outros dois casos suspeitos estão sob investigação em Guapó e Aragoiânia, ambas na região metropolitana de Goiânia.

A febre amarela é uma doença viral transmitida pela picada de mosquitos silvestres, como os dos gêneros Haemagogus e Sabethes. A pasta reforça que os macacos não transmitem o vírus, mas são vítimas da doença, assim como os humanos. Mais do que isso, os primatas funcionam como “sentinelas”, sinalizando a circulação do vírus quando adoecem ou morrem.

Por isso, a orientação é para que a população não ataque nem mate esses animais, mas comunique imediatamente às autoridades casos de morte ou adoecimento.

Situação em Goiás

Em Goiás, o último caso de febre amarela em humanos foi registrado em 2017. Atualmente, não há ocorrências ou óbitos confirmados. A vacinação é considerada a principal medida de prevenção.

A vacina integra o calendário básico para crianças de 9 meses (1ª dose) e 4 anos (reforço), além de dose única para a população de 5 a 59 anos que ainda não recebeu a imunização. Pessoas acima dessa faixa etária devem consultar um médico para avaliação da necessidade.

Apesar da importância, a cobertura vacinal no estado está em apenas 71,57%, índice bem abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Recomendações

Diante do cenário, a SES-GO elaborou uma nota técnica com recomendações aos municípios, como o reforço do monitoramento, a busca ativa por indivíduos não vacinados e o aumento da sensibilidade para notificação e investigação de casos suspeitos.

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