Um morador do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) encontrou, no fim da tarde desta quarta-feira (24), o corpo de um homem às margens de um córrego da região. Segundo relato à polícia, ele procurava um cachorro desaparecido havia alguns dias quando percebeu a presença de urubus sobrevoando o local. Ao se aproximar, constatou a existência da vítima caída próximo à água e acionou imediatamente a Polícia Militar.
Equipes da Polícia Civil também estiveram no ponto indicado para realizar os procedimentos de praxe. O Instituto Médico Legal (IML) recolheu o corpo para exame, mas até o fechamento desta edição não havia sido possível confirmar a identidade do homem nem a causa do óbito.
O caso seguirá sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer as circunstâncias da morte e levantar possíveis indícios de crime.
Senado sepulta PEC da Blindagem após rejeição unânime na CCJ (Foto: Reprodução)
O Senado Federal pôs fim, nesta quarta-feira (24), à tramitação da chamada PEC da Blindagem, proposta que pretendia submeter deputados e senadores a uma espécie de filtro legislativo antes de serem processados criminalmente no Supremo Tribunal Federal.
Em sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os 26 senadores presentes acompanharam o voto do relator Alessandro Vieira (MDB-SE), que defendeu a rejeição do texto, apontando que a medida representava um retrocesso e colocaria os parlamentares acima dos demais cidadãos. Com a decisão unânime, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou o arquivamento imediato da proposta, sem necessidade de apreciação em plenário.
A PEC, aprovada anteriormente na Câmara dos Deputados, estabelecia que qualquer ação penal contra congressistas dependeria de autorização prévia de sua respectiva Casa legislativa, por meio de votação secreta. A justificativa de seus defensores era a de coibir supostos excessos cometidos pelo Judiciário, mas a reação contrária foi intensa tanto dentro do Senado quanto nas ruas. No último domingo, manifestações em diversas capitais do país cobraram o fim da proposta, vista por críticos como um “escudo de impunidade” para políticos investigados.
O relator Alessandro Vieira destacou que a imunidade parlamentar já está prevista na Constituição, mas que o texto aprovado pelos deputados distorcia esse princípio, abrindo espaço para a blindagem de crimes graves. Ao acompanhar o parecer, senadores de diferentes partidos frisaram que a aprovação da PEC fragilizaria a democracia, criaria privilégios incompatíveis com o Estado de Direito e enfraqueceria o combate à corrupção.
A rejeição também expôs a mudança de postura de parlamentares que, inicialmente, demonstravam simpatia pela proposta. Sob pressão da opinião pública e do debate interno, nomes como Sérgio Moro afirmaram que o texto da Câmara era inaceitável e que eventuais ajustes deveriam ser restritos a questões específicas, sem ampliar a proteção penal aos parlamentares.
Ao final da votação, o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), destacou que a decisão refletiu a responsabilidade do Senado diante da sociedade, enquanto especialistas em direito e entidades ligadas à transparência pública celebraram o resultado como um marco em defesa da igualdade perante a lei.
Júri de mulher que ateou fogo em Wallison Barboza dos Santos, (Foto: Montagem Diário da Redação)
Na manhã desta quinta-feira (25), o Tribunal do Júri de Anápolis decidiu que Rosimeire Araújo Lima não pode ser responsabilizada criminalmente pelo crime que resultou na morte do motorista da Urban, Wallison Barboza dos Santos, em setembro de 2021. A ré foi considerada inimputável e deverá cumprir medida de segurança em um hospital psiquiátrico, de forma compulsória e por tempo indeterminado, até que haja laudo atestando condições de retorno ao convívio social.
Rosimeire confessou ter ateado fogo no ônibus em que a vítima trabalhava. Wallison sofreu queimaduras em 83% do corpo e faleceu 11 dias após o ataque.
A decisão da juíza Nathália Bueno seguiu as manifestações tanto da defesa quanto do Ministério Público, resultando em uma absolvição imprópria com imposição de tratamento psiquiátrico. Segundo o promotor Eliseu Belo, o crime teria sido cometido durante um surto psicótico, no qual a autora acreditava estar sendo ridicularizada pela vítima.
O julgamento também teve momentos de forte comoção. Ao final da leitura da sentença, as mães da vítima e da acusada se abraçaram e, em lágrimas, compartilharam a dor da tragédia.
Em entrevista, o promotor destacou a singularidade do processo. “Foi o primeiro Tribunal do Júri que conduzi envolvendo uma ré inimputável. Normalmente, casos assim são encerrados na primeira fase, mas, diante da estratégia da defesa, houve a necessidade de levar a julgamento”, explicou.
Tribunal do Júri de Anápolis (Foto: Diário da Redação)
Está sendo julgada nesta quinta-feira (25), pelo tribunal do Juri do Fórum de Anápolis, Rosimeire Araújo Lima, acusada de queimar e levar a morte o motorista da Urban, Wallison Barboza dos Santos, de 35 anos.
Um laudo psiquiátrico apresentado pela defesa mostra que Rosimeire sofre de esquizofrenia. O julgamento de hoje é presidido pela juíza Nathália Bueno, e o promotor é Elizeu Belo. A previsão é que o julgamento seja encerrado no início da tarde de hoje.
Governador Ronaldo Caiado entrega o Complexo Oncológico de Referência de Goiás (Foto: Reprodução)
O governador Ronaldo Caiado vai inaugurar do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), marcada para às 8h30 desta quinta-feira (25), em Goiânia. A solenidade será realizada no estacionamento da unidade, com a presença de autoridades estaduais e um palco montado especialmente para o evento.
Localizado às margens da BR-153, o Cora é o primeiro hospital da rede pública goiana dedicado exclusivamente ao tratamento de crianças e adolescentes com câncer, sendo também uma das maiores estruturas do tipo em todo o país.
Participam da cerimônia, além do governador, a primeira-dama Gracinha Caiado; o vice-governador Daniel Vilela; o secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Santos; o presidente da Goinfra, Pedro Sales; entre outras autoridades públicas e políticas.
Complexo Oncológico de Referência de Goiás – Cora (Foto: Reprodução)
A inauguração marca a entrega da maior obra da atual gestão estadual, com um investimento total de R$ 255,9 milhões. Construído em tempo recorde — apenas 25 meses — o hospital começou a funcionar em junho deste ano e já ultrapassou 2 mil atendimentos, representando um avanço significativo para a saúde pública em Goiás.
Antes da criação do Cora, muitos pacientes precisavam buscar tratamento oncológico em outros estados ou recorrer à rede privada, dificultando o acesso. Agora, o hospital oferece uma estrutura completa, com 60 leitos (incluindo UTI), centro cirúrgico, unidade de transplante de medula óssea, robôs para reabilitação de movimentos e um moderno sistema de filtragem de ar — o único em Goiás.
Além disso, com apoio de artistas e do setor privado, estão sendo construídas duas casas de apoio para receber pacientes em tratamento e seus familiares, garantindo hospedagem e suporte durante o acompanhamento.
O Cora foi projetado com foco no acolhimento. Suítes equipadas para acompanhantes e ambientes lúdicos oferecem conforto, bem-estar e ajudam a preservar a infância, mesmo em meio ao tratamento. Estudos indicam que esse tipo de ambiente contribui para melhores taxas de recuperação, melhora a convivência hospitalar e fortalece a saúde física e emocional dos pacientes, tornando a experiência mais humanizada.
Clima segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). (Foto: Reprodução)
As chuvas que chegaram a Anápolis nos últimos dias trouxeram alívio para quem enfrentava o calor intenso que vinha marcando a cidade. As temperaturas caíram e a sensação de abafamento deu lugar a um friozinho mais agradável, típico desse período de transição de estação.
Para esta semana, a previsão indica que as pancadas de chuva devem continuar, especialmente no período da tarde e da noite. Nesta quarta-feira (24), os termômetros variam entre 20 °C e 27 °C, com possibilidade de trovoadas isoladas.
Quando o sol volta a predominar?
A expectativa é de que até quinta-feira (25) o tempo siga instável, com chuvas intermitentes e temperaturas mais amenas. A partir de sexta-feira (26), o sol volta a aparecer de forma mais constante, ainda que com algumas nuvens ao longo do dia.
No fim de semana, o cenário deve ser de tempo firme e temperaturas em elevação, mas sem os extremos registrados nas últimas semanas.
João Vitor, 10 anos, morreu após descarga elétrica (Foto: Reprodução)
Em menos de uma semana, Goiás registrou três mortes causadas por choques elétricos envolvendo fios energizados. Os casos ocorreram em Anápolis, Rio Verde e, mais recentemente, em Goiânia, reacendendo a preocupação da população com a segurança da rede elétrica durante temporais e situações de instabilidade.
Na tarde desta terça-feira (23), uma jovem morreu após levar um choque no Centro de Goiânia. A vítima atravessava a Rua 20 durante a forte chuva que atingiu a capital quando entrou em contato com um fio energizado que havia se rompido. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 18h20, mas, ao chegar, constatou a morte. Até as 19h30, o local ainda oferecia risco à população, sendo isolado pela Polícia Militar.
O temporal provocou uma série de transtornos na região metropolitana, incluindo enxurradas, alagamentos, queda de granizo e até o transbordamento da Marginal Botafogo, que precisou ser interditada.
Em nota, a Equatorial Goiás lamentou a tragédia e informou que “assim que tomou conhecimento do acidente, a companhia realizou as medidas de segurança necessárias. As causas do acidente serão investigadas pelas autoridades competentes”.
A morte em Goiânia se soma a outros episódios recentes em Goiás. Na noite de segunda-feira (22), em Rio Verde, Eva Abadia da Cunha Martins, de 65 anos, morreu após sofrer uma descarga elétrica em um lote onde criava aves. De acordo com familiares, a idosa foi encontrada caída no chão, próxima a um fio de energia elétrica que soltava faíscas. O SAMU constatou o óbito ainda no local, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Fio energizado solto na rua em Anápolis (Foto: CP)
As três mortes expõem um problema recorrente, a vulnerabilidade da rede elétrica em áreas urbanas, sobretudo em períodos chuvosos, e a necessidade de fiscalização, manutenção preventiva e orientação à população sobre os riscos. Especialistas alertam que fios caídos ou com faíscas não devem ser tocados em hipótese alguma, sendo fundamental acionar imediatamente os bombeiros ou a concessionária de energia.
Enquanto as autoridades investigam as causas e responsabilidades de cada caso, familiares das vítimas vivem a dor da perda e a sociedade cobra respostas para evitar que novas tragédias se repitam.
Confira nota completa da Equatorial, sobre o acidente em Goiânia:
A Equatorial Goiás lamenta profundamente o acidente registrado durante o temporal desta terça-feira (23), em Goiânia. A companhia se solidariza com os familiares e amigos da vítima e informa que prestará todo o suporte necessário.
Assim que tomou conhecimento do acidente, a Equatorial realizou as medidas de segurança necessárias. As causas do acidente serão investigadas pelas autoridades competentes. A distribuidora acompanhará a apuração e seguirá prestando todo o apoio.
Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) Foto: Codego
O Governo de Goiás está ampliando a segurança hídrica no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) por meio da duplicação do sistema de abastecimento de água. A iniciativa visa garantir o fornecimento contínuo para as empresas já instaladas e criar condições para a atração de novos empreendimentos, fortalecendo o polo industrial que passa por um processo de expansão.
Nesta segunda-feira (22), o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Francisco Jr., vistoriou o andamento das obras no local.
Com investimento de R$ 21,5 milhões, estão sendo construídos dois novos reservatórios metálicos — um com capacidade para 10 mil metros cúbicos e outro para 2 mil metros cúbicos — que vão dobrar a capacidade total de reserva do distrito, passando de 10 milhões para 20 milhões de litros de água. Além disso, está sendo realizado o desassoreamento da lagoa de captação do Daia, ampliando a oferta de água bruta e assegurando o funcionamento do sistema mesmo durante períodos de estiagem.
Obras de duplicação do sistema de abastecimento de água no DAIA (Foto: Codego)
De acordo com Francisco Jr., a duplicação da capacidade de armazenamento é fundamental para o desenvolvimento do Daia. “Vamos praticamente dobrar a capacidade de armazenamento com mais 10 milhões de litros, o que garante o abastecimento mesmo em momentos críticos, beneficiando tanto as empresas atuais quanto as futuras que virão com a expansão do distrito”, destacou.
Geradores asseguram fornecimento em casos emergenciais
Para prevenir interrupções no abastecimento provocadas por quedas de energia, a Codego também adquiriu dois geradores do tipo usina, com potência de até 1.600 kVA. Os equipamentos, que já estão em operação, representaram um investimento de R$ 2,7 milhões e garantem o fornecimento de água mesmo em situações emergenciais.
“Esses geradores garantem que não haja mais falta de energia que comprometa o fornecimento de água para as nossas empresas”, reforçou o presidente da Codego.
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Foto: Reprodução
Artigo de Opinião: Na semana em que o presidente dos Estados Unidos trouxe ao debate público a ideia de que gestantes não deveriam usar Tylenol por um suposto risco de autismo, acendeu-se um alerta não apenas sobre saúde, mas também sobre responsabilidade: a diferença entre hipótese científica e verdade consolidada pode ser a fronteira entre cuidado e medo.
É fato que alguns estudos observaram uma possível associação entre o uso de acetaminofeno (Tylenol) na gestação e alterações no neurodesenvolvimento. Mas há um detalhe fundamental, essas pesquisas são observacionais e não provam causa e efeito. Muitas vezes, a febre, a dor ou a infecção que motivaram o uso do medicamento podem ser os verdadeiros responsáveis pelos desfechos observados.
O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurobiológica complexa. Hoje, a ciência tem clareza de que o autismo está muito mais ligado a fatores genéticos, idade dos pais, infecções repetidas na mãe durante a gravidez, uso de valproato, mutações e processos do desenvolvimento neurológico do que a um único remédio. E a comunidade científica é categórica, não há evidência consistente de que o Tylenol cause autismo. Espalhar medo em torno disso não apenas desinforma, como pode colocar gestantes em risco ao deixarem de tratar condições reais que exigem cuidado.
A comparação inevitável é com o mito das vacinas. Por mais de duas décadas, falsas alegações de que imunizantes causariam autismo circularam pelo mundo, apesar de dezenas de estudos de larga escala demonstrarem o contrário. Essa narrativa, nascida de uma pesquisa fraudulenta já retratada pela comunidade científica, provocou quedas nas taxas de vacinação e o retorno de doenças antes controladas. O risco agora é repetir a mesma lógica com o paracetamol, transformar uma hipótese em dogma, sem respaldo científico sólido, e gerar medo onde deveria haver orientação baseada em evidências.
A politização dessa pauta ainda faz eco a teorias já desmentidas, como a falsa relação entre vacinas e autismo. Esse tipo de retórica corrói a confiança em práticas médicas seguras e bem estabelecidas, alimentando dúvidas onde deveria haver clareza.
O verdadeiro risco não está no remédio em si, mas em transformar indícios preliminares em certezas políticas. O que as gestantes, e a sociedade como um todo, precisam é de ciência rigorosa, comunicação responsável e orientação médica individualizada. Decisões de saúde pública não podem ser pautadas pelo palanque, mas pela prudência que salva vidas.
Goiás registrou três mortes causadas por choques elétricos envolvendo fios energizados (Foto: reprodução)
Após a trágica morte de João Victor Gontijo, de 10 anos, que sofreu um choque elétrico ao encostar em um cabo desencapado na última sexta-feira (19), a Prefeitura de Anápolis publicou nesta terça-feira (22) o Decreto nº 52.238/2025, colocando o município em situação de emergência devido à fiação desordenada nos postes.
O decreto determina que todos os órgãos municipais atuem sob coordenação da Secretaria de Obras, Habitação, Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Semohpuma) em ações emergenciais e preventivas. Entre as medidas previstas está a retirada de fios de telefonia sem identificação ou que não estejam em uso, além da aplicação de multas previstas na legislação municipal.
O texto do decreto tem vigência inicial de 90 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 90 dias. As despesas com as operações ficarão a cargo das secretarias envolvidas.
Segundo o prefeito, um projeto de lei será encaminhado à Câmara Municipal para ampliar sanções contra empresas que descumprirem normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Paralelamente, quatro equipes já começaram a atuar nas ruas retirando fios baixos ou que apresentem risco à população. Denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp da Prefeitura e pelo aplicativo Conecta Anápolis.