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UFG inova ao provar que cera de ouvido pode antecipar diagnóstico de câncer

Pesquisa da Universidade Federal de Goiás desenvolve método não invasivo, acessível e de alta precisão que identifica risco oncológico por análises de cerúmen
Método inédito que utiliza a cera de ouvido como ferramenta de diagnóstico precoce do câncer (Foto: reprodução)

Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) apresentaram um método inédito que utiliza a cera de ouvido como ferramenta de diagnóstico precoce do câncer. O estudo, batizado de Projeto Cerúmen, revelou que o material acumulado no canal auditivo possui informações biológicas capazes de indicar alterações no organismo antes mesmo do aparecimento de sintomas clínicos.

O trabalho, que já conquistou reconhecimento nacional em premiações científicas, vem sendo desenvolvido há cerca de dez anos e tem mostrado resultados consistentes. Durante a pesquisa, centenas de voluntários participaram dos testes. Em casos de pessoas que já estavam em tratamento oncológico, a análise identificou corretamente todos os diagnósticos. Já entre participantes sem histórico de câncer, alguns exames apontaram alterações que, posteriormente, foram confirmadas por métodos convencionais.

A técnica se baseia no estudo de compostos presentes no cerúmen, os chamados metabólitos, que funcionam como marcadores biológicos do metabolismo humano. Por ser um material de fácil coleta, não invasivo e de baixo custo, a proposta abre caminho para exames mais acessíveis, especialmente em locais onde a população tem dificuldade de acesso a métodos mais sofisticados, como biópsias ou tomografias.

Os cientistas explicam que o grande diferencial da descoberta é o ganho de tempo. A detecção precoce de alterações celulares aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento oncológico. Segundo os pesquisadores, cada dia a mais no diagnóstico pode representar um avanço ou atraso crucial no processo de cura.

Além do câncer, os estudos já vêm sendo estendidos para outras enfermidades. Testes preliminares indicam que a mesma técnica pode auxiliar na identificação de diabetes e, no futuro, até mesmo em doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Atualmente, os pesquisadores trabalham na validação do método em diferentes regiões e faixas etárias, para que ele possa ser aprovado em larga escala. A expectativa é que, em breve, o exame esteja disponível no sistema de saúde e represente um marco no rastreamento de doenças graves no Brasil.

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