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Tribunal do Júri em Anápolis tem momento de comoção com abraço entre mães de vítima e ré

Gesto de perdão marcou o julgamento que decidiu pela internação compulsória de Rosimeire Araújo Lima em hospital psiquiátrico
Após leitura da setença, mãe da vítima e mãe da ré se abraçaram (Foto: Davi Galvão/ reprodução)

Durante o julgamento que considerou Rosimeire Araújo Lima inimputável pelo crime de incendiar o ônibus conduzido por Wallison Barboza dos Santos, um gesto inesperado emocionou os presentes no plenário do Fórum de Anápolis, na manhã desta quinta-feira (25).

Logo após a leitura da sentença, que determinou a internação compulsória da ré em hospital psiquiátrico por tempo indeterminado, a mãe do motorista, Marlene Maria de Jesus, aproximou-se da mãe de Rosimeire e pediu um abraço. A cena tocou os presentes: “posso te dar um abraço?”, questionou Marlene. A mulher respondeu, em lágrimas: “claro. Me perdoa? Perdoa a minha filha. Ela não sabe o que ela fez.”

Até a véspera, familiares e amigos acreditavam que Marlene não compareceria ao julgamento, por não se sentir emocionalmente preparada para reviver a tragédia. A decisão de ir ao tribunal teria sido motivada pelo filho Átilla Barbosa dos Santos, irmão de Wallison, que já havia manifestado perdão à acusada.

Em uma carta lida ao Júri, Átilla escreveu: “gostaria de dizer à ré, que sobre uma doença psicológica (esquizofrenia), está perdoada por mim. E espero que a Justiça seja feita neste caso. Até quando inocentes serão mortos pela violência urbana, negligenciados pela família e pelo Estado?”.

A decisão judicial concluiu que Rosimeire não tinha condições de compreender a gravidade de seus atos devido a um surto psicótico. Por isso, foi considerada inimputável e encaminhada a tratamento psiquiátrico, até que exames apontem segurança para eventual retorno à vida em sociedade.

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