A justiça deu sentença favorável ao padre Robson de Oliveira, de 47 anos, que obriga o Facebook a excluir comentários que o chamam de “taradão” e o acusam de praticar crimes. A defesa dele avalia ingressar com novas ações na Justiça por calúnia e difamação, além de pedir indenização.
A decisão é do juiz Everton Pereira Santos, da 10ª Vara Cível da comarca de Goiânia, em processo em segredo de Justiça. Na ação, o pároco alegou que a publicação dos comentários, realizada em janeiro de 2019, “causou-lhe inegáveis constrangimentos, bem como denegriu sua imagem”.
Na petição, o padre alegou que um internauta, usuário do perfil “marcosgoiano2018”, o atacou “de forma totalmente ofensiva, acusando-o de ato desonroso e criminoso em três comentários idênticos”.
“Esse padre é taradão. Ele tem um caso com a Talita Di Martino, esposa do Tayrone, caso antigo já. Esse padre pagou a polícia para prender uma família inteira que descobriu o caso e queria soltar na mídia”. Diz o comentário da postagem.
Tayrone Di Martino, que é citado no comentário excluído das redes sociais, é ex-secretário do Governo de Goiás e ex-vereador de Goiânia. Ele também foi apontado, em reportagem do Fantástico, em fevereiro deste ano, como o responsável por escrever uma biografia do padre Robson e pedir R$ 350 mil para a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
Padre Robson, acusado de desvio de dinheiro de fiéis em Goiás, por meio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade que presidia, teve a investigação contra ele suspensa pela justiça de Goiás.
