Surto de esporotricose em Anápolis acende alerta de saúde pública

Confirmados 12 casos da doença zoonótica sendo sete em gatos e cinco em humanos

A Prefeitura de Anápolis está em alerta após o aumento dos casos de esporotricose no município uma doença silenciosa, mas perigosa, que pode ser transmitida de gatos para seres humanos. Nos últimos dias, sete gatos e cinco pessoas foram diagnosticados com a infecção, o que acendeu um sinal de preocupação entre as equipes de saúde e bem-estar animal.

A esporotricose é causada por fungos do gênero Sporothrix e pode ser encontrada no ambiente como em espinhos, farpas de madeira e na terra, mas é nos felinos que ela costuma encontrar o hospedeiro ideal. Os gatos, principalmente os que têm acesso à rua, são os mais vulneráveis à infecção e também os principais transmissores da doença.

Feridas que não cicatrizam no focinho, patas, cauda ou orelhas; secreção purulenta; emagrecimento visível; apatia e até espirros persistentes. Esses são alguns dos sinais de alerta nos animais que os tutores não devem ignorar. Já nas pessoas, a doença costuma se manifestar como feridas na pele que começam como pequenos nódulos e crescem progressivamente, causando dor, vermelhidão e inchaço. Em casos mais graves, a infecção pode atingir os olhos, ossos e órgãos internos, exigindo atenção médica imediata.

Para evitar o contágio, especialistas orientam que a população evite o contato direto com gatos desconhecidos ou feridos. Ao manusear terra, plantas ou animais suspeitos, é fundamental usar luvas e proteção adequada. Também é recomendado manter os gatos dentro de casa, longe de situações que favoreçam brigas ou contato com outros animais. Ao menor sinal de ferida estranha, o ideal é buscar atendimento veterinário o quanto antes.

Para apoiar os tutores na prevenção e diagnóstico precoce, o Centro de Controle de Zoonoses de Anápolis oferece exame gratuito para a detecção da esporotricose. Caso haja suspeita de contaminação em seu animal de estimação, é possível entrar em contato com a equipe pelo número (62) 3313-1336 e solicitar a coleta do material.

A doença pode ser tratada, desde que identificada rapidamente. E diante do aumento dos casos, o cuidado redobrado se torna um compromisso coletivo. Mais do que números, são vidas que importam e o combate à esporotricose começa com informação, responsabilidade e ação preventiva.

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