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Santa Casa de Anápolis interrompe atendimento em UTIs do SUS por atrasos de pagamento da Prefeitura

Débito acumulado com a instituição é de aproximadamente R$ 2 milhões
Santa Casa de Misericórdia de Anápolis (Foto: Diário da Redação)

A Santa Casa de Misericórdia de Anápolis suspendeu, a partir desta quarta-feira (8), as novas admissões de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em suas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A informação foi trazida inicialmente pela Rádio São Francisco FM. A medida foi tomada devido à falta de repasses por parte da Prefeitura, que não efetuou os pagamentos referentes aos meses de julho, agosto e setembro.

Atualmente, o valor mensal destinado ao custeio das UTIs é de R$ 648 mil, o que resulta em um débito acumulado de aproximadamente R$ 2 milhões. A situação se agravou após a administração municipal quitar, apenas na última sexta-feira (3), o repasse referente ao mês de junho — e ainda assim com um desconto de cerca de R$ 140 mil.

Segundo a Prefeitura, o abatimento foi motivado por uma auditoria em serviços ambulatoriais. No entanto, a Santa Casa contesta a justificativa, alegando que os serviços auditados não têm relação com as UTIs, o que só contribui para o agravamento da crise financeira.

Com a suspensão, pacientes do SUS que necessitam de cuidados intensivos deverão ser encaminhados para outras unidades da região, o que pode gerar sobrecarga na rede pública de saúde.

Imagem fachada Casa de Misericórdia de Anápolis
Casa de Misericórdia de Anápolis (Foto: Bruno Velasco)

Essa não é a primeira vez que a instituição enfrenta dificuldades. Em março, a Santa Casa já havia interrompido as internações em UTIs neonatal, pediátrica e adulta para pacientes do município. Na época, a dívida — acumulada desde janeiro de 2025 e estimada em R$ 1,9 milhão — levou à intervenção do Ministério Público de Goiás (MPGO).

A mediação possibilitou uma retomada parcial dos atendimentos, embora a Prefeitura já sinalizasse a intenção de revisar o valor mensal de R$ 648 mil, anteriormente acordado. Mesmo após a intervenção e uma tentativa de repactuação, os problemas persistiram: em julho, a Fundação de Assistência Social (Fasa), mantenedora da Santa Casa, confirmou atrasos de dois meses nos repasses.

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