O Distrito Federal recentemente confirmou um caso de sarampo, acendendo um alerta nas cidades vizinhas, incluindo Anápolis, localizada a cerca de 150 quilômetros de Brasília. Segundo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES-DF), a paciente que foi diagnosticada com a doença tem entre 30 e 39 anos, e não contraiu a doença no Brasil, já que havia viajado recentemente para o exterior.
Ela apresentou os primeiros sintomas no fim de fevereiro, e as manchas vermelhas, em 1º de março. Apesar de não precisar de hospitalização e evoluir sem complicações, o caso reacendeu o temor de que a doença possa voltar a circular na região. O último caso de sarampo registrado em Goiás foi em 2020, quando o estado registrou oito ocorrências.
Embora o Distrito Federal e o Rio de Janeiro tenham registrado casos em 2025, a situação não ameaça o status do Brasil como um país livre de sarampo, reconquistado em 2024 após a última transmissão local, que ocorreu em 2022 no Amapá. No caso de Anápolis, o risco é menor, pois o sarampo confirmado foi classificado como “importado”, o que significa que a paciente contraiu o vírus fora do país. Até o momento, não houve registros de transmissão local em Anápolis ou em outras cidades vizinhas.
A proximidade geográfica de Anápolis com Brasília e o intenso fluxo de pessoas entre as duas cidades mantêm a região em alerta. No entanto, como o caso foi isolado, as autoridades de saúde não consideram que haja uma ameaça imediata de surto. As autoridades de saúde do DF estão monitorando 278 pessoas que tiveram contato com a paciente infectada, e o acompanhamento continuará até 1º de abril para garantir que novos casos não surjam.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida pelo ar por meio de tosse, espirros ou fala. É capaz de infectar rapidamente pessoas não vacinadas, com um único caso podendo afetar até 18 indivíduos. Os sintomas iniciais incluem febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e pequenas manchas brancas dentro da boca, seguidas por manchas vermelhas no corpo. Caso não tratado, o sarampo pode levar a complicações graves como pneumonia, encefalite e até morte.
A melhor forma de se proteger contra o sarampo é a vacinação. A vacina tríplice viral, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Ela está disponível para todas as idades, com duas doses para crianças de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos. A vacinação é a medida mais eficaz para evitar a propagação da doença e garantir que o sarampo não volte a se espalhar pela região.