Após anos de impasse, a recuperação ambiental do Aeroporto de Cargas de Anápolis avança com uma obra emergencial executada pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). Os danos ambientais, causados entre 2010 e 2012 por falhas na drenagem pluvial do projeto original, afetaram uma área de 160 hectares com graves processos erosivos, incluindo três voçorocas.
A intervenção, iniciada há 60 dias, é a maior obra de recuperação ambiental em andamento no Estado de Goiás. Segundo a Goinfra, a primeira fase será concluída ainda durante a estiagem, antes do início das chuvas, com investimento de R$ 38 milhões.
O plano inclui seis etapas: Instalação da drenagem adequada, Correção das erosões, Reconstrução da cabeceira da pista, Desassoreamento dos cursos d’água, Reflorestamento das Áreas de Proteção Permanente (APPs), Terraceamento e revegetação das áreas planas. As quatro primeiras já estão em andamento. A drenagem, ignorada no projeto inicial, é considerada essencial para evitar novos danos.

O projeto também prevê terraços e dispositivos para reduzir a velocidade da água da chuva, protegendo os leitos naturais. A origem do problema remonta à construção do aeroporto, quando não foi instalado um sistema de drenagem eficaz. A erosão se intensificou a partir de 2015, agravando os impactos na região.
Com a recuperação ambiental, será possível retomar as obras do aeroporto. A meta da Goinfra é, até 2026, homologar parte da pista para pousos e decolagens e ampliar a infraestrutura. A Infraero assumirá a operação após a conclusão das intervenções.