O corpo de Lázaro Barbosa apresentava marcas de tiros que não foram disparados por armas da Polícia Militar de Goiás, segundo informações divulgadas pelo jornal O Popular nesta segunda-feira (2).
De acordo com um laudo de confronto microbalístico anexado ao processo, 125 disparos foram efetuados durante a operação que resultou na morte do foragido, em 28 de junho de 2021, após 20 dias de intensa perseguição policial. O exame identificou 42 perfurações no corpo de Lázaro.
Diante das novas evidências, o Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou à Polícia Civil a realização de novas diligências para esclarecer as circunstâncias do confronto final.

Lázaro Barbosa, então com 32 anos, era acusado de uma série de crimes — entre eles, assassinatos, sequestros e invasões a propriedades rurais — e ficou conhecido nacionalmente após protagonizar uma das maiores caçadas policiais da história recente do país.
Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), no momento em que foi localizado em uma área de mata em Águas Lindas de Goiás (GO), o suspeito portava armas e munições. Contudo, uma carta apreendida com ele indicava que já estava sem munição disponível para as armas que carregava.
As novas descobertas reacendem o debate em torno de um dos casos mais emblemáticos da história de Goiás, amplamente repercutido pela mídia nacional. Paralelamente, a operação contra facções no Rio de Janeiro também trouxe à tona discussões sobre a condução das ações policiais, o uso da força letal e a necessidade de maior transparência nas investigações que envolvem mortes decorrentes de confrontos com a polícia.