A Polícia Civil de Goiás apura se existe ligação entre o frigorífico clandestino de carne de cavalo descoberto em março deste ano em Anápolis e uma empresa que fornecia alimentos para escolas e creches da rede municipal durante a gestão do ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos).
Segundo as investigações, que correm sob sigilo, há indícios de que parte da carne processada no abatedouro irregular possa ter sido comercializada como outra proteína, inclusive bovina, e destinada ao programa de merenda escolar. O caso levanta a suspeita de fraude e de possíveis riscos sanitários, já que a carne equina, pode causar danos à saúde se manipulada em condições impróprias.
Os investigadores analisam documentos fiscais e contratos firmados entre a Prefeitura e empresas fornecedoras de alimentos. A operação teve início após uma denúncia anônima que levou à descoberta do frigorífico clandestino, em ação conjunta de órgãos de fiscalização sanitária e ambiental. No local, foram apreendidos documentos que revelam movimentações financeiras suspeitas e vendas para distribuidores de alimentos.
As equipes policiais agora cruzam os dados apreendidos com contratos públicos da gestão municipal, em busca de evidências que possam confirmar se a carne de cavalo foi, de fato, direcionada às escolas e creches da cidade.
A apuração segue em andamento e, até o momento, a Polícia Civil não divulgou nomes de investigados ou empresas diretamente envolvidas no suposto esquema. O caso acendeu o alerta para a fiscalização da merenda escolar, já que envolve a segurança alimentar de crianças e adolescentes da rede municipal.