Em sessão especial de prestação de contas realizada nesta sexta-feira (24), no plenário Teotônio Vilela, na Câmara Municipal de Anápolis, o prefeito Márcio Corrêa (PL), destacou a importância do diálogo com diferentes esferas do poder político para captar recursos e impulsionar investimentos no município.
O prefeito apresentou um panorama das finanças municipais, informando que 74% da receita é destinada à folha de pagamento, restando cerca de R$ 70 milhões por mês para as demais despesas. Parte dos recursos, disse, é usada para complementar o caixa do Instituto de Seguridade Social dos Servidores de Anápolis (Issa), insuficiente para cobrir aposentadorias e pensões.
Durante o discurso, o prefeito afirmou que a atual gestão já recuperou R$ 48 milhões em verbas perdidas e garantiu R$ 200 milhões em novos investimentos, grande parte já licitada. “Nossa meta era R$ 50 milhões para 2025 e já alcançamos quatro vezes mais”, ressaltou. Segundo ele, Anápolis apresentou R$ 700 milhões em projetos ao governo federal, o que coloca a cidade entre as mais ativas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Márcio Corrêa destacou como prioridade o enfrentamento do problema da macrodrenagem urbana, que deve receber mais de R$ 30 milhões do PAC.
O prefeito agradeceu aos vereadores pela aprovação de um projeto que autoriza a renegociação da dívida municipal, atualmente avaliada em R$ 800 milhões, e afirmou buscar condições mais vantajosas junto a instituições financeiras em Brasília. “O problema não é o empréstimo, mas os juros altos e sem subsídios”, pontuou.
Entre os próximos passos da administração, Márcio anunciou medidas emergenciais para melhorar a segurança viária em trechos críticos da BR-060/153, especialmente próximo à Vila São Vicente. “Vamos sinalizar e instalar redutores de velocidade por conta própria”, garantiu.
O prefeito também abordou temas estruturais como a revisão do Plano Diretor, prevista para 2026, e defendeu que o crescimento urbano esteja condicionado à melhoria do trânsito.
Por fim, Corrêa anunciou que a cobrança do estacionamento rotativo será implantada em breve e que a arrecadação será destinada ao subsídio do transporte coletivo, com apoio adicional para o custo do diesel. “Anápolis é a única cidade do país sem subsídio ao transporte. Isso vai mudar”, concluiu.