Manifestantes protestaram contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tarde deste domingo (12), na Avenida Paulista, em São Paulo. Convocado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Movimento Vem Pra Rua, o ato defende o impeachment de Bolsonaro e também cobra por mais vacinas contra a Covid-19.
Muitas pessoas usaram camisetas brancas para pedir “paz”, e se apresentaram como uma “terceira via”, defendendo “nem Bolsonaro, nem Lula”. A maioria usava máscaras contra a disseminação do coronavírus.
Ciro Gomes (PDT) foi a principal voz da oposição no evento de hoje. “É só o começo” disse Ciro para a multidão. O ex-ministro e ex-governador foi um dos líderes mais aplaudidos na manifestação.
“Nós somos diferentes, temos histórias diferentes, temos caminhadas diferentes, temos um olhar sobre o futuro do Brasil provavelmente muito diferentes, mas o que nos reúne é o que deve reunir toda a nação civicamente sadia, é a ameaça da morte da democracia”. Analisou Ciro.
“Ele não é só um traidor da nação brasileira, ele é um traidor dos seus soldados feridos, que abandonou na luta para fazer um conchavo vergonhoso e humilhante, frouxo e covarde”. Disse o terceiro colocado nas eleições de 2018.
Nas faixas e cartazes era possível ler “impeachment já”, “respeito à democracia”, Bolsonaro traidor”, “Brasil, orgulho de novo, Fora Bolsonaro”. Alguns manifestantes também seguravam a bandeira brasileira. No carro de som do Vem Pra Rua, os manifestantes gritavam que “a nossa bandeira nunca será vermelha”.
Os organizadores tentaram uma frente ampla com partidos de esquerda, mas o PT e o PSOL decidiram não participar do protesto, bem como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Integrantes do PCdoB participaram do ato.
A manifestação se concentrou em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) e à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com trios elétricos e a participação de políticos.
Além de Ciro, discursaram o deputado Kim Kataguiri (DEM), o vereador Fernando Holiday (Novo), o candidato à presidência em 2018 João Amoêdo (Novo) e a vereadora Janaina Lima (Novo), entre outros. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta do governo Bolsonaro também foi ao protesto.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também participou do ato, e discursou em cima do carro do MBL. Ele foi vaiado e aplaudido ao mesmo tempo e houve um princípio de confusão entre seus seguranças e manifestantes.