A morte de João Victor Gontijo Oliveira, de 10 anos, após entrar em contato com um fio abandonado na rua, reacendeu a cobrança por medidas urgentes contra o emaranhado de cabos soltos e pendurados em postes de energia em Anápolis. O caso mobilizou a opinião pública, gerou forte comoção e levou o Executivo a encaminhar à Câmara Municipal um projeto de lei batizado de Lei “João Victor”.
A proposta estabelece regras mais rígidas, obrigando a concessionária de energia, Equatorial Goiás, e empresas de internet, telefonia e streaming a organizar a fiação, sob pena de multas pesadas e sanções.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Márcio Corrêa cobrou providências imediatas:
“Se a morte de uma criança não for suficiente para despertar a responsabilidade, nada mais será.”
A gravação foi feita na região do Jardim Esperança, próximo ao setor Industrial Munir Calixto, onde Corrêa determinou que equipes da prefeitura iniciassem a retirada imediata de cabos sem identificação. Segundo ele, assim que a ação começou, representantes de pelo menos oito empresas apareceram no local para tentar identificar seus fios, o que expôs a dimensão do problema.
O prefeito também afirmou que, desde o início de sua gestão, buscou diálogo com as companhias envolvidas, mas não houve avanços. “Não respeitaram. Se os responsáveis não aparecem para resolver, a solução será tomada pelo município”, declarou.
A Prefeitura de Anápolis informou que deve intensificar a fiscalização nos próximos dias. Com a Lei João Victor, a gestão municipal busca reforçar a segurança urbana e evitar que tragédias como a de João Victor se repitam.