Irregularidades levam à suspensão de Autoescolas em Anápolis

Medida afeta 328 CFCs em todo o estado, com foco em irregularidades estruturais e pedagógicas; Anápolis é um dos principais alvos da fiscalização

O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) suspendeu temporariamente as atividades de 328 autoescolas em todo o estado após identificar uma série de irregularidades que comprometem a formação de novos condutores. Em Anápolis, uma das cidades mais atingidas pela medida, os problemas vão desde a falta de veículos para as aulas práticas até a ausência de responsáveis legais habilitados.

A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado na última terça-feira (29), já está em vigor e determina que os Centros de Formação de Condutores (CFCs) têm 30 dias para se regularizarem. Caso contrário, as unidades podem perder o credenciamento em definitivo.

Segundo o presidente do Detran-GO, delegado Waldir Soares, as autoescolas autuadas “descumpriram normas estruturais e pedagógicas fundamentais, comprometendo a segurança do processo de habilitação”. Em Anápolis, cidade considerada estratégica por sua localização entre Goiânia e Brasília, a situação é preocupante: foram constatadas falhas como a falta de veículos obrigatórios, pelo menos dois carros e uma motocicleta, e a inexistência de diretores de ensino ou sócios habilitados, como exige a legislação.

Além disso, a fiscalização revelou falhas graves em outras frentes: registros de frequência dos alunos mal preenchidos, exames médicos fora dos padrões e credenciamentos vencidos há mais de 90 dias. O Detran esclareceu, em nota, que a suspensão tem caráter preventivo e poderá ser revertida se as pendências forem resolvidas dentro do prazo.

Essa não é a primeira vez que o setor de formação de condutores entra no radar do Detran-GO. Em fevereiro, cerca de 30 instrutores foram afastados em oito municípios, incluindo Anápolis, após denúncias de irregularidades no sistema de validação das aulas. Houve casos de instrutores sem uniforme, fumando durante os trajetos, ministrando aulas de moto com carros — e até dentro da própria casa.

Já no fim de abril, outro escândalo veio à tona: servidores da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) teriam facilitado transferências de veículos em nome de pessoas falecidas, sem qualquer processo de inventário. O episódio ainda envolve suspeitas de falsificação de documentos e favorecimento financeiro.

O Detran-GO garantiu que continuará com as ações de fiscalização e alertou que novas penalidades poderão ser aplicadas, caso mais irregularidades sejam encontradas.

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