O processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode passar por uma mudança histórica. O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que o governo federal estuda tornar facultativa a frequência em autoescolas, dando aos candidatos liberdade para escolher como aprender a dirigir.
Em entrevista ao videocast C-Level Entrevista, da Folha de S. Paulo, o ministro explicou que a ideia é manter o funcionamento das autoescolas, mas deixar que o aluno decida se quer ou não fazer as aulas obrigatórias. “O Brasil é um dos poucos países do mundo que obriga o candidato a cumprir uma carga horária para poder fazer a prova. A autoescola vai permanecer, mas, ao invés de ser obrigatória, pode ser facultativa”, afirmou.
A mudança, caso seja aprovada, exigiria que o candidato fosse aprovado tanto no exame teórico quanto no prático, mas não precisaria cumprir as horas de aula exigidas atualmente. Isso pode representar uma economia significativa para quem deseja tirar a habilitação. Hoje, em Anápolis, por exemplo, o custo médio da CNH categoria AB (carro e moto) chega a R$ 2,5 mil, incluindo aulas teóricas, material didático, taxas e aulas práticas.
Com a proposta, futuros motoristas poderiam optar por aprender com instrutores particulares ou familiares, desde que consigam passar nas provas aplicadas pelos Detrans. O projeto ainda está em fase de estudo e depende de regulamentação oficial para entrar em vigor, mas, se aprovado, pode transformar o modelo de formação de condutores no Brasil.