O Governo de Goiás decretou, neste sábado (17), situação de emergência zoossanitária por 180 dias como forma de reforçar a prevenção contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A medida tem caráter preventivo e ocorre mesmo sem registros da doença no estado, visando fortalecer a vigilância e a capacidade de resposta em caso de eventual foco.
A decisão acompanha o cenário nacional, onde foram detectados casos recentes da doença em aves comerciais no Sul do país. A nova ação permite ao estado agir com mais agilidade, mobilizar recursos e intensificar ações de biossegurança em granjas e áreas de risco.
Goiás é atualmente o quarto maior produtor de aves do Brasil, com polos relevantes como Itaberaí e Rio Verde, e o setor emprega diretamente mais de 240 mil pessoas no estado. Dada a importância econômica da avicultura, a mobilização preventiva foi considerada estratégica.
“O objetivo é proteger o patrimônio sanitário do estado e preservar o setor avícola, que tem peso decisivo na economia goiana. Precisamos estar prontos para agir rápido diante de qualquer ameaça”, afirmou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos. “É uma medida que reforça nosso compromisso com a sanidade animal e com os mercados que confiam na qualidade da produção goiana.”
O decreto prevê ações como o aumento da vigilância ativa, capacitação de equipes técnicas, articulação com instituições públicas e privadas, além de campanhas educativas junto aos produtores. O governo também orienta que qualquer suspeita de sintomas compatíveis com a gripe aviária seja imediatamente comunicada às autoridades.
Com essa decisão, Goiás busca não apenas proteger sua produção, mas também contribuir com o esforço nacional de contenção da doença e manter a confiança dos mercados consumidores, nacionais e internacionais.
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