Fevereiro Roxo: Conscientização sobre Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia

A campanha fevereiro roxo foi criada em 2014, em Minas Gerais, com o lema: “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”. A campanha tem como propósito principal promover a conscientização sobre lúpus, Alzheimer e fibromialgia. O incremento na disseminação de informações acerca dessas doenças desempenha um papel fundamental ao favorecer diagnósticos precoces, possibilitar tratamentos eficazes e contribuir para uma substancial melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

Lúpus é uma condição inflamatória autoimune na qual o sistema imunológico ataca erroneamente o próprio organismo, podendo afetar diversos órgãos. Nessa disfunção, o sistema imunológico deixa de desempenhar sua função de defesa contra bactérias e vírus, passando a identificar erroneamente as proteínas presentes nas células de diferentes partes do corpo como invasoras. Como resposta, células de defesa são enviadas para isolá-las e combatê-las. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que aproximadamente 65.000 pessoas no Brasil vivam com essa patologia, que é mais prevalente em mulheres, sendo 9 em 10 pacientes com o risco mais elevado durante a idade fértil.

O Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que resulta no declínio das funções cognitivas, impactando as habilidades de trabalho e as relações sociais. Ao longo do tempo, essa condição também exerce influência no comportamento e na personalidade, manifestando-se em consequências como a perda de memória. Trata-se da causa mais prevalente de demência, um conjunto de distúrbios cerebrais que acarretam na diminuição das habilidades intelectuais e sociais. No Brasil, aproximadamente 15 milhões de pessoas têm mais de 60 anos, e seis por cento desse grupo são diagnosticadas com a doença de Alzheimer, conforme dados fornecidos pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). O cuidado aos idosos diagnosticados com essa patologia demanda uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de diversas áreas, como medicina, enfermagem, serviço social, terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição, odontologia e psicologia.

A Fibromialgia, por sua vez, focaliza suas manifestações nas articulações, ocasionando dores generalizadas pelo corpo, principalmente nos músculos e tendões. Essa síndrome também desencadeia fadiga excessiva, distúrbios do sono, ansiedade e depressão. A condição pode surgir após eventos significativos, como traumas físicos, psicológicos ou infecções. O motivo subjacente ao desenvolvimento da doença permanece desconhecido. No Brasil, estima-se que aproximadamente 3% da população seja afetada pela fibromialgia, com uma predominância significativa entre as mulheres, representando sete a nove casos a cada 10 pacientes diagnosticados com a síndrome, conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

Apesar de serem distintas, as doenças têm em comum o fato de não possuir cura, sendo de extrema importância a realização do diagnóstico correto para que o tratamento seja feito de forma eficaz e seguro.

Vanessa Vieira, é Biologa, Doutora em Ciência animal na área de Cirurgia, Patologia animal e Clínica médica – pela Universidade Federal de Goiás. Mestre em Ciências Veterinárias na área de Saúde Animal – pela Universidade Federal de Uberlândia. Professora da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA. (Artigo especial publicado toda sexta-feira)

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