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Delegada afirma que investigação sobre morte de João Victor em Anápolis está próxima da conclusão

Fio clandestino de internet teria provocado descarga elétrica que matou criança de 10 anos; Polícia Civil apura responsabilidades
Familiares e amigos de João Vitor colaram cartaz no local da tragédia (Foto: Reprodução)

A investigação sobre a morte do menino João Victor Gontijo Oliveira, de 10 anos, em Anápolis, está em fase final. A delegada Aline Lopes Cardoso, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), disse em entrevista, que as perícias realizadas no local já apontaram como ocorreu a tragédia e devem ajudar a identificar os responsáveis.

O caso aconteceu no dia 19 de setembro, quando João Victor pisou em um cabo de internet energizado próximo a uma praça no setor Vila Jussara. O fio, segundo a Polícia Civil, havia sido instalado de forma irregular em uma luminária pública e recebeu carga elétrica após um curto-circuito, rompendo-se e ficando energizado ao alcance de pedestres.

“Estamos perto de um desfecho”

Segundo a delegada, o cabo em questão não possuía identificação de empresa responsável e, por isso, foi classificado como clandestino. Uma segunda perícia e a coleta de documentos complementares estão em andamento para determinar de onde partiu a fiação.
“Estamos caminhando para um desfecho. Agora precisamos identificar a empresa, se ela de fato existe ou se atua de forma irregular. Esse passo é fundamental para a responsabilização criminal”, destacou Aline Lopes.

De quem é a responsabilidade?

Aline explicou que os postes pertencem à Equatorial Goiás, que aluga o espaço para empresas de internet e telefonia. Cabe à concessionária fiscalizar o uso adequado da estrutura e manter registro atualizado das companhias que instalam cabos.
“A Equatorial recebe pelo compartilhamento e, junto a isso, tem o dever de fiscalizar se os fios estão no padrão e em locais permitidos”, reforçou.

Posição da Equatorial

Em nota, a distribuidora afirmou que realiza fiscalizações conforme a regulamentação da Aneel e da Anatel e que a responsabilidade direta pela instalação e manutenção da fiação é das empresas de telecomunicações. A concessionária informou que, desde o início de sua concessão em Goiás, já inspecionou mais de 311 mil postes, emitindo cerca de 174 mil notificações a quase 473 empresas.

Ainda segundo a empresa, 60% do valor arrecadado com o aluguel dos postes é destinado à amortização tarifária, o que, na prática, contribui para reduzir a conta de energia dos consumidores.

Próximos passos

A Polícia Civil segue reunindo provas documentais para identificar quem instalou o fio que provocou a morte de João Victor. A expectativa, segundo a delegada, é que o inquérito seja concluído em breve, estabelecendo responsabilidades e possíveis punições.

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