A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que a bandeira tarifária vermelha patamar 1 será aplicada nas contas de energia elétrica em outubro. Com a decisão, os consumidores pagarão um adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O valor é menor do que o praticado nos últimos meses, quando esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescentava R$ 7,87 por 100 kWh.
De acordo com a Aneel, a medida foi adotada em razão do baixo volume de chuvas que comprometeu os reservatórios das hidrelétricas, tornando necessário o acionamento de usinas termelétricas — cuja geração é mais cara. “Há necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras e justificam o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para outubro”, explicou a agência.
A autarquia também destacou que a energia solar, por ser intermitente, não é capaz de suprir a demanda nacional sozinha. “É necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta”, acrescentou.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, sinaliza os custos variáveis da geração de energia elétrica no Brasil e é válido para todo o Sistema Interligado Nacional (SIN).
- Bandeira verde: sem cobrança adicional
- Bandeira amarela: acréscimo de R$ 2,99 a cada 100 kWh
- Bandeira vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh
- Bandeira vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh
O mecanismo busca dar mais transparência ao consumidor, refletindo os custos reais da geração de energia em diferentes condições.