Fim de ano é momento de festas, confraternizações, muita alegria e festividade para as pessoas, um verdadeiro sinônimo de celebrações. Contudo, esse período também pode ser o grande gatilho de depressão, estresse e um grande aumento dos níveis de ansiedade para muitas pessoas.
O imediatismo com o advento da Internet, acelerou a necessidade de buscar conquistas cada vez mais instantâneas. Essa não é a realidade para a grande maioria das pessoas.
A indústria do consumo que tenta implantar nas nossas mentes de que é preciso ter, ter e ter cada vez mais, coisas que na maioria das vezes nem precisamos delas.
A psicóloga Elionai Gomes, explica os motivos e como tentar lidar com a chamada “síndrome de fim de ano”. Segundo a profissional, o final do ano para muitos traz momentos de angustia, pois existe muita expectativa e frustração com as festas de Natal e Ano Novo.
“Neste período são lembranças de pessoas que já se foram, pessoas que estão doentes e não pode desfrutar das comidas e das festas do final do ano”, aponta.
É preciso encarar a realidade, entender que todos os dias somos desafiados de alguma maneira, e temos conquistas diárias que devem ser celebradas pela sua importância, e para o bem da nossa própria saúde mental. “Só dar conta dá vida, as pessoas acham pouco, e isso é fonte de frustração”, acrescenta.
Metas do ano
Outro motivo apontado é o fato de que é comum no início do ano, as pessoas terem feito metas que gostaria de cumprir: perder peso, comprar um bem, fazer um curso, estão entre os mais comuns.
A frustração por não ter cumprido as metas propostas para o ano, é outro grande gatilho de angustia e decepção consigo mesmo. “Ver que você não realizou quase nada é muito frustrante”.
Para a psicóloga Jessica Castro, existe uma pressão social sobre as festividades em família. Uma nova realidade com pais separados, irmãos que moram em outros países ou simplesmente uma família que não sente a necessidade de se reunir neste período, precisa ser entendido como normal.
Não podemos ir só pelo víeis do consumismo “Isso não é um sentido saudável, precisamos ressignificar tudo isso. ”Não se deve levar em consideração apenas a questão financeira, “ nós precisamos recalcular a rota.”, Avalia.
Conquistas
Os profissionais lembram que pequenas vitórias do no dia a dia, ao final do ano foram grandes conquistas que muitas vezes não é celebrada.
“lembrando que conseguir manter o sistema (A vida normal), já é uma grande realização nos dias de hoje. As pessoas não conseguem enxergar que isso é muita coisa”.
Cuidar da família, trabalhar, cuidar da casa, fazer compras, cuidar dos filhos, administrar os próprios problemas, já é uma grande tarefa que todos os anos as pessoas precisam cumprir.
É preciso aprender a suportar as dores da vida. Precisamos aprender a ter maturidade. “Precisamos aprender a ser mais humanos com nós mesmos!”.
