Em entrevista ao programa Conversa com Bial, na TV Globo, na madrugada desta terça-feira (10/8), O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez críticas ao ex-presidente Lula (PT) e ao Presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ciro, apontou que Lula cometeu erros durante a gestão à frente do Executivo e traçou um paralelo entre os chamados “bolsonarismo” e “lulopetismo”.
“Eu venho de longa data, o Lula também. O Lula comete equívocos estratégicos que tem uma explicação: o lulocentrismo. O egolatrismo absolutamente sem contraste e agora piorado porque os grandes amigos que ele tinha que diziam ‘menos, Lula’ morreram todos. Ele está cercado de bajuladores de quinto nível. O ego do Lula agora não tem reparo, não tem contradição, despirocou geral. Não mudou nem uma ideia sobre nada. E agora tá piorado, porque ele considera, vamos dizer, que o crime compensa”, disse.
“Chega! O mal que o Lula já fez ao Brasil é muito maior que o bem que ele fez em algum momento”, questionou o ex-governador do Ceará.
Considerado o nome mais forte de alternativa a polarização Lula X Bolsonaro, Ciro vem crescendo nas Pesquisas de intenção de voto. Na última, divulgada pela Futura Inteligência em parceria com o Modalmais, em 28 de julho, o ex-governador aparece liderando na preferência dos eleitores na chamada “terceira via”.
Críticas a Bolsonaro
Sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), Ciro afirmou ter se enganado por imaginar que os militares poderiam moderar o atual chefe do Executivo à época de sua eleição em 2018.
“Mordi feio a língua. Ao invés dos militares moderarem Bolsonaro, o Bolsonaro subornou essa cúpula militar que está perigosamente sendo transformada num partido político miliciano. É o que nós temos pra enfrentar. Bolsonaro apropriou uma parte da cúpula das forças armadas. Esse General Braga Neto é um fascista mor, esse General Heleno é um fascista mor. É com isso que ele vai enfrentar a democracia, é um delírio”, declarou o presidenciável.
“Eu conheço o Bolsonaro e sei que o Bolsonaro é um grande canalha desde sempre. Eu fui contemporâneo dele deputado. O Bolsonaro roubava dinheiro da gasolina do gabinete, roubava dinheiro de funcionários fantasmas, roubava dinheiro do auxílio moradia. E o Bolsonaro sempre foi um cara ligado à tortura, ás milícias. Eu em 93, governador do Ceará, pedi a cassação e a prisão do deputado Bolsonaro porque ele tinha feito uma dessas maluquices”, disse.