Mesmo diante das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o setor exportador goiano respira aliviado, apenas 5% das mercadorias enviadas ao exterior têm como destino o mercado norte-americano. Já a China mantém-se como principal parceira comercial do estado, absorvendo 49,8% das exportações, de acordo com a plataforma ComexStat, vinculada ao Ministério da Indústria e Comércio.
Outros países como Irã, Tailândia, Índia, México, Alemanha e Polônia também figuram entre os principais compradores, mas com participação bem menor. No ranking nacional, Goiás é o terceiro estado com maior dependência do mercado chinês, ficando atrás apenas do Piauí e do Tocantins.
Entre janeiro e julho de 2025, as exportações do Centro-Oeste somaram US$ 18 bilhões, sendo que 42% desse valor veio da venda de soja. No cenário nacional, a China também ocupa o topo, com US$ 94,4 bilhões em produtos brasileiros adquiridos no mesmo período, equivalente a 28% das exportações do país.
Para mitigar possíveis impactos das tarifas americanas, o governador Ronaldo Caiado anunciou um Fundo Creditório de R$ 628 milhões, formado por créditos de ICMS e aportes privados. O recurso será oferecido a juros de até 10% ao ano, abaixo das taxas praticadas por linhas de financiamento como o BNDES e o Plano Safra, com o objetivo de preservar empregos e manter a competitividade das empresas exportadoras.
Com a forte presença da China nas transações comerciais e novas medidas de apoio econômico, Goiás tende a sentir pouco o efeito imediato do tarifaço americano, mas o setor segue atento à evolução do cenário internacional.