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Chespirito: a verdadeira História por trás do gênio que criou Chaves e Chapolin

A nova série biográfica da Max mergulha nos bastidores da trajetória de Roberto Gómez Bolaños, revelando os dilemas pessoais, os bastidores criativos e os conflitos por trás do gênio do humor latino
Roberto Gómez Bolaños e seus personagens (Foto: reprodução)

A série Chespirito: Sem Querer Querendo, lançada em 5 de junho de 2025 na plataforma Max (antiga HBO Max), apresenta com sensibilidade e dramaticidade os bastidores da vida de Roberto Gómez Bolaños, criador dos icônicos personagens Chaves e Chapolin Colorado. Estruturada em oito episódios, a produção mescla dramatizações com elementos históricos e documentais, oferecendo ao público um retrato íntimo e multifacetado do homem que marcou gerações com seu humor simples e universal.

Ao longo da série, três atores interpretam Bolaños em diferentes fases da vida, Dante Aguiar na infância, Iván Aragón na juventude e Pablo Cruz Guerrero na fase adulta. Este último, especialmente, tem recebido elogios por sua atuação precisa, que capta com fidelidade os trejeitos, a voz e a essência do comediante.

A produção não se esquiva de abordar temas delicados, como as dificuldades do casamento com Graciela Fernández, o polêmico relacionamento com Florinda Meza, representada sob o pseudônimo de “Margarita Ruiz”, por questões legais, os conflitos com colegas de elenco e as disputas por direitos autorais e criativos. Também são exploradas as pressões da fama, o processo criativo por trás dos programas e as frustrações pessoais de Bolaños, muitas vezes invisíveis ao público.

Apesar da recepção positiva do público nostálgico e da crítica pela reconstituição de época e ambientação cuidadosa, a série também enfrentou críticas. Alguns especialistas consideram que há exagero na dramatização e que certos personagens reais foram estereotipados, enquanto outros apontam que o roteiro sugere que o sucesso de Bolaños foi mais fruto do acaso do que de seu talento e disciplina.

Um dos pontos mais discutidos é a representação de Florinda Meza. Inicialmente contrária à produção, a viúva de Bolaños acabou sendo retratada de forma fictícia para evitar ações judiciais. A decisão foi tomada pela equipe criativa como forma de respeitar a imagem da atriz, ao mesmo tempo em que preservava a integridade narrativa da obra. O criador da série, Roberto Gómez Fernández, filho de Chespirito, afirmou que o objetivo nunca foi fazer uma obra acusatória, mas mostrar seu pai como um ser humano real, com falhas e virtudes.

Apesar das polêmicas, Chespirito: Sem Querer Querendo reacende o interesse pelo legado de Roberto Gómez Bolaños, não apenas como humorista, mas como autor, produtor e empresário. Ao humanizar um ícone da televisão latino-americana, a série desafia o público a ver além do personagem do barril ou do herói de anteninhas, revelando o preço e os bastidores da genialidade.

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