A Câmara dos deputados aprovou na noite desta terça-feira, 17, em segundo turno, a reforma eleitoral, por 347 votos a favor, 135 contra e três abstenções. Os deputados aprovaram a volta das coligações partidárias e mantiveram a derrubada do “distritão”, em que os candidatos mais votados seriam eleitos, sem levar em conta os votos do partido.
A Câmara ainda deve votar os destaques, que são sugestões de mudanças após a aprovação do texto-base. Em seguida, a matéria passará pelo Senado, onde precisará do apoio de 49 dos 81 senadores, também em dois turnos de votação. Para valer nas eleições de 2022, a PEC terá que ser aprovada até outubro.
As coligações valem para eleições proporcionais, de deputados e vereadores. Com esse dispositivo, vários partidos podem se unir em um bloco para disputar os pleitos, o que favorece os chamados “partidos de aluguel”, sem ideologia ou defesa de pautas específicas.
O texto agora será encaminhado ao Senado, onde deve encontrar resistência. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), diz considerar a volta das coligações um “retrocesso”. Segundo ele, no Senado, a tendência é que as regras sejam mantidas como são hoje, sem coligações.
