A Base Aérea de Anápolis, construída em 1972 para ser o principal centro de defesa aérea do Brasil, mantém áreas de acesso restrito e procedimentos sigilosos, como a chamada black box, sala secreta onde são realizadas análises de missões, exercícios táticos e treinamentos avançados, sem qualquer equipamento de gravação.
A estrutura passou por ampla modernização após a Força Aérea Brasileira adquirir 36 caças supersônicos F-39 Gripen da sueca Saab — 11 deles já entregues. Capaz de atingir Mach 2, cerca de 2,5 mil km/h, a aeronave pode chegar a Brasília em apenas cinco minutos. O prédio original, projetado para os antigos Mirage 3, preserva apenas as paredes externas.

Em novembro, a Folha de S.Paulo acompanhou um dia de operações na base. A reportagem observou pilotos treinando com apoio de técnicos suecos e simuladores de voo instalados em salas equipadas com câmeras, além de espaços de aprendizagem com joystick e manete idênticos aos da aeronave.
A rotina deve se intensificar a partir de janeiro, com a chegada de quatro novos pilotos ao esquadrão, atualmente composto por 13 militares. Apenas um deles foi treinado exclusivamente no Brasil — realidade que deve se repetir com os recém-chegados. Segundo o comando, o processo de formação exige experiência prévia em outros caças, e a concorrência chega a 1 para 10 candidatos. (Com informações da Folha de S.Paulo).