A diretora do Foro de Anápolis e titular da 2ª Vara de Família e Sucessões da comarca, juíza Aline Vieira Tomás, protagonizou mais um episódio de inovação por meio da implementação de soluções arrojadas e utilização de ferramentas tecnológicas, como parte da combinação para maior celeridade e eficiência na entrega da prestação jurisdicional empreendida pelo Poder Judiciário goiano. A novidade foi a realização, na tarde de quinta-feira (13), de uma audiência de conciliação no Metaverso, tecnologia de ambiente virtual imersivo, que permite a introdução de pessoas e coisas num espaço virtual compartilhado. A iniciativa, inédita na esfera estadual da Justiça brasileira, é da magistrada Aline Tomás, uma entusiasta pela aplicação de novas tecnologias.
“Trazer para o Judiciário goiano a perspectiva da realização de atos judiciais dentro de um ambiente de realidade virtual aumentada é mais um instrumento para aproximar a Justiça do cidadão e das necessidades da sociedade”, destacou a juíza Aline Vieira Tomás, que também é coordenadora pedagógica do Laboratório de Inovação e Inteligência (InovaJus) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e coordenadora adjunta do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec). A magistrada ressaltou que o Poder Judiciário de Goiás ocupa posição de vanguarda quando o assunto é a adaptação para o atendimento do usuário do sistema de Justiça.

Aline Vieira Tomás explicou que a legislação brasileira prevê e permite a realização de atos de maneira eletrônica, e salientou que o Metaverso se apresenta como uma ferramenta para o Poder Judiciário, e não como uma substituição de juízes, servidores ou partes. Somos pioneiros na Justiça estadual brasileira ao disponibilizarmos o acesso aos fóruns por meio de mais uma ferramenta tecnológica, agora em ambiente de realidade virtual aumentada, ampliando verdadeiramente o acesso à justiça”, destacou.
De acordo com o Wikipédia, o termo Metaverso tem sua origem 1992 em um livro de ficção científica e vem da junção de Meta que vem do grego “além”, “transcendente” e universo. Ou seja, um universo transcendente, paralelo onde as pessoas poderiam criar personagens e viver uma outra vida, sem as limitações humanas e materiais que temos no mundo real. Como podemos ver, essa ideia de metaverso está longe de ser uma novidade. O Second Life, por exemplo é um jogo que existe com essa proposta desde 2003.

“O uso da ferramenta é de fácil manuseio, bastando a criação do Avatar pelas partes e advogados e o ingresso na sala virtual de audiências, a qual ocorre em tempo real e de forma síncrona”, observou Aline Tomás, que também ressaltou que “é muito importante ingressarmos no Metaverso enquanto estiver ainda em fase de desenvolvimento, pois assim atuamos como construtores de uma realidade que, em breve, estará presente nas rotinas de vários setores de nossas vidas, inclusive no Poder Judiciário”. (Com informações – TJGO)