Agosto: a origem do “mês do cachorro louco” e a fama de azar

Entenda a origem das expressões populares que associam agosto à agressividade canina e à má sorte

O mês de agosto carrega consigo duas expressões populares que despertam curiosidade: “mês do cachorro louco” e “mês do azar”. A origem dessas associações envolve fatores naturais, comportamentais e históricos, que se misturaram ao longo do tempo e deram origem a lendas ainda presentes na cultura popular.

O termo “mês do cachorro louco” está ligado ao comportamento dos cães durante agosto. Especialistas explicam que, nesse período, muitas cadelas entram no cio, o que faz com que os machos se tornem mais agressivos na disputa por acasalamento. Esse comportamento aumenta o risco de brigas e de transmissão da raiva, doença que altera o comportamento dos animais, deixando-os mais agressivos e, por isso, com a aparência de “loucos”.

Historicamente, agosto também foi escolhido para campanhas de vacinação contra a raiva, reforçando a associação do mês com a saúde canina. Além disso, tragédias marcantes na história, como o suicídio de Getúlio Vargas e o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, contribuíram para consolidar uma imagem negativa do mês.

A ideia de agosto como “mês do azar”, por sua vez, está ligada a superstições e acontecimentos históricos. Durante as grandes navegações portuguesas, acreditava-se que casar-se em agosto era arriscado, pois muitos marinheiros partiam para o mar, deixando esposas viúvas pouco tempo depois. Outros eventos trágicos, como o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, reforçaram a fama do mês. Assim, superstições e registros históricos se combinaram, dando origem à crença de que agosto traz má sorte.

Embora essas expressões tenham bases diferentes, ambas refletem como observações comportamentais e acontecimentos históricos influenciam a cultura popular, criando associações que perduram até hoje. Mesmo sendo, em grande parte, lendas e superstições, as expressões continuam sendo transmitidas e comentadas, mantendo viva a tradição de associar agosto a comportamentos incomuns e à má sorte.

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